Na mansuetude, meu coração
é paz. É paz-fria, na guerra ao casto.
A minha pele esfria.
Eu me abraço.
Sozinho eu navego
meu Nilo. Meus sagrados.
Mas meu Nilo deságua no deserto.
Resto dentro de um cacto;
areias, areias, o êxodo. O sol vermelho.
Meu pagão, é padre.
E nos teus lábios, cabem
A Nova Era.
A Arte renovada. Nos teus lábios ardem
essa espera.
É por ausentar-me do firme timbre,
dos passos. Sacros.
Por rezar de punho armado de flores.
Que outorgo a dor às músicas.
Mereço menos.
Elevo o beijo das núpcias
e não os tremo.
Sangro céus inteiros,
consolo infernos.
E nos teus braços, vejo
A Nova Era.
Intento.
Um pé de noites.
Uma perna celeste. E estrelas
feito terras férteis.
A minha sorte é nobre.
Mas sem amados.
Cem mulheres.
Um pedido faço, por esmeros.
Tenho da cor, o pálido.
Da corrida, o rastro.
O caminho são essas arestas
do deserto.
E no teu destino, faço
A Nova Era.
Volta. Sinto falta das colheitas.
Assim te espero. Sereno.
Por que me abandonas?
Por que me segues?
Tenho peste. Sou hecatombe.
A cólera é meu rosto.
Meu porte. Meu homem.
Por que não me deixas solitário?
Tenho sândalo. Sou safra.
A colheita é meu legado.
Minha luz. Minha alma.
E na tua saudade, abro
A Nova Era.
Meu pagão reza.
Meu padre te deseja.
Visto minha força indelével
e venço o exílio no proclamado deserto,
sem tua vida.
Tuas visões me aproximam
de Deus e deliro a água pro vinho.
A lira.
Teus lírios.
No teu corpo finda os infinitos.
A água que te escorre diáfana, corre,
lava, irradia A Nova Era.
II (o fim)
Na mansuetude, minha voz te fala
menos de nós.
Acalmo-te a alma
e deito-me na luz de nossas lembranças.
Hoje já só desespero a Esperança,
- sóbria e santa -
e não te quero o mesmo.
Nem cândido,
nem violento.
Saudável ou enfermo,
até que a vida nos amarre.
Quero o teu vento.
Teu espírito é feito de Eras,
e como a Nova,
tu inventaste a derrota
para a nova vida,
viver teu enterro.
E assim te leio
letras, até a última pilha da lanterna.
Até que somes no escuro.
Tudo. E não voltarás,
continuarás teu rumo,
distante do meu colo,
e propósitos escusos
de amores terrenos.
Estás longe.
Estás vivendo.
III (enfim)
Tem FORÇA a vida.
Na intimidade que
,
azeda
,
é bebida
lentamente.
E sabemos do azedume
no comprimir
das sobrancelhas.
E sabemos do azedume
no comprimir
das sobrancelhas.
No gole
da surpresa
que é a vida.
É próximo
,
íntimo
,
dos homens,
aquele que sabe a morte dos ontens.
Sabe a FORCA
.
A harmonia
A fibra
A vitalidade
A Arte.
Somente a forca usada mata.
da surpresa
que é a vida.
É próximo
,
íntimo
,
dos homens,
aquele que sabe a morte dos ontens.
Sabe a FORCA
.
A harmonia
A fibra
A vitalidade
A Arte.
Somente a forca usada mata.
Quando toda força é anemia.
Ela nos entrevia ainda pequenos,
a Força,
e contaminava com suas loucuras
de brutalidade
nossos primeiros
dias.
IV
Dá-nos o TEMPO para ter paciência,
se precisos ou inexatos.
Começos,
descompasso à descompasso
.
Dá-nos inexperiência
à cada vez que sentimos viver errado.
E que sejamos desamados
se divinos
.
Dê-nos atos,
falhos ou não.
E mistérios porque quero
morrer inquérito,
pequeno e seguro da minha interrogativa.
A renúncia da morte
.
A fome
de homens
em serenatas.
Homens libertos
dos relógios de prata
que marcam o tempo e desmarcam as nossas páginas.
Homens da prata libertos.
E relógios libertos do tempo,
folheando as nossas páginas.
Sendo todas elas,
sendo todas as nossas multidões
e idades
.
Movidos sob eternidade.
Com pontuação sendo alguns dos nossos versos.
V (estar presente para o mundo)
E não ser alguém pulsante;
incorpóreo;
a inexistência
em brevidades eternas,
e essas sutilezas;
De estar sendo
despido
para que o frio
lembre-nos do corpo reticencioso.
Pequenino à vista.
Desinfinito.
VI
Na pele um perfume
um cartão
um preço.
Estou presente e descrito endereço.
E ansioso
E paciência feito um relógio de gozos,
de anos.
Que eu seja a surpresa nos seus olhos tantos
que me ganham.
Essas mãos que me abrem em tantos.
Sou grandioso sem tamanho.
Assim, embrulho-me futuro.
De mim para o mundo.
Presente.
Ela nos entrevia ainda pequenos,
a Força,
e contaminava com suas loucuras
de brutalidade
nossos primeiros
dias.
IV
Dá-nos o TEMPO para ter paciência,
se precisos ou inexatos.
Começos,
descompasso à descompasso
.
Dá-nos inexperiência
à cada vez que sentimos viver errado.
E que sejamos desamados
se divinos
.
Dê-nos atos,
falhos ou não.
E mistérios porque quero
morrer inquérito,
pequeno e seguro da minha interrogativa.
A renúncia da morte
.
A fome
de homens
em serenatas.
Homens libertos
dos relógios de prata
que marcam o tempo e desmarcam as nossas páginas.
Homens da prata libertos.
E relógios libertos do tempo,
folheando as nossas páginas.
Sendo todas elas,
sendo todas as nossas multidões
e idades
.
Movidos sob eternidade.
Com pontuação sendo alguns dos nossos versos.
V (estar presente para o mundo)
E não ser alguém pulsante;
incorpóreo;
a inexistência
em brevidades eternas,
e essas sutilezas;
De estar sendo
despido
para que o frio
lembre-nos do corpo reticencioso.
Pequenino à vista.
Desinfinito.
VI
Na pele um perfume
um cartão
um preço.
Estou presente e descrito endereço.
E ansioso
E paciência feito um relógio de gozos,
de anos.
Que eu seja a surpresa nos seus olhos tantos
que me ganham.
Essas mãos que me abrem em tantos.
Sou grandioso sem tamanho.
Assim, embrulho-me futuro.
De mim para o mundo.
Presente.

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